Estante de Sonhos: O Livro do Amanhã - Cecelia Ahern(resenha)

17.11.13

O Livro do Amanhã - Cecelia Ahern(resenha)

Achei a sinopse do livro bem intrigante e acabei comprando-o pelo mistério deste fabuloso “Livro do Amanhã”, mas aos poucos descobri que a história não se desenrola ao redor do livro. Este porém, foi utilizado somente como recurso para que se desenrolassem outros inúmeros fatos.

Confesso que no começo fiquei com muita raiva da personagem principal e quase desisti de terminar de ler, pois, Tamara, menina de 16 anos era completamente esnobe, arrogante e a cada fala lançava uma piadinha sarcástica. Ela não fazia nada além de reclamar com os pais sempre mesmo tendo tudo o que queria. Mas este comportamento deve-se a busca que ela tem por atenção dos pais que não se demonstravam muito presentes em sua vida.

Mas tudo mudou na vida de Tamara após uma discussão séria com o pai e diz que nunca mais queria vê-lo. Na manhã seguinte o encontrou morto no escritório e descobre que ele cometeu suicídio pelas altas dívidas que tinha acumulado. Assim, Tamara e sua mãe perderam tudo o que tinham e foram obrigadas a ir morar com os tios, que Tamar não gosta muito, numa cidade bem longe de sua antiga residência e amigas.

Na casa dos tios será onde se desenrolará toda a história e onde Tamara desvendará todos os mistérios, incluindo a insana vontade de sua tia Rosaleen ficar intensamente em seu encalço.

“Foi quando me dei conta da importância de cada linha no diário. Cada uma era como aquela trilha de migalhas de pão que desejava jogar desde minha casa até aqui. Cada palavra era uma pista, uma revelação de algo que acontecia debaixo de meu nariz.”

“Perdi meu pai. Ele perdeu seus amanhãs e eu perdi todos os nossos amanhãs juntos. Agora, pode-se dizer que os aprecio quando chegam. Agora, quero torná-los o melhor que puderem ser.”

"Não sei se mamãe algum dia encarou tal circunstância como eu. Ela apenas sorria e aquele sorriso ocultava milhões de respostas. Talvez fosse isso que eu deixasse papai nervoso: a infinidade de coisas que mamãe guardava só para si. Talvez ele nunca soubesse como ela se sentia. Não eram como outros casais que reviravam os olhos um para o outro ou capturavam comentários mútuos anteriores para dar continuidade ou debatê-los um pouco mais. Ambos se mostravam doentiamente agradáveis um com o outro. Mamãe inescrutável, e papai, sempre lisonjeiro. Ou talvez eu apenas não entendesse o que se passava entre eles, porque nunca me apaixonei."